sexta-feira, 30 de maio de 2014

Papa e líder de igreja armênia terão momento de oração

O Catholicos da Igreja Armênia Apostólica de Cilicia, Aram I, estará em Roma na próxima semana para encontrar o Papa Francisco. Ele estará na capital de 3 a 6 de junho e terá um momento comum de oração com o Pontífice em 5 de junho. Além disso, está prevista a sua visita ao Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e a outros dicastérios da Cúria Romana.
Aram I foi eleito Catholicos da Grande Igreja de Cilicia em 28 de junho de 1995, tendo encontrado João Paulo II em 1997, de 23 a 26 de janeiro. Ele também se encontrou com Bento XVI em 2008 em duas ocasiões: para uma oração ecumênica na Capela Redemptores Mater do Palácio Apostólico e por ocasião da audiência geral.
A Igreja armênia apostólica conta com cerca de 6 milhões de fiéis. Entre a Igreja católica e a Igreja armênia apostólica desenvolveram-se novas relações a partir do Concílio Vaticano II.

Francisco terá encontro com arcebispo anglicano

O arcebispo de Cantuária, Justin Welby, se encontrará com o Papa Francisco no Vaticano no final da manhã do dia 16 de junho. Foi o que informou nesta quarta-feira, 28, a ‘Lambeth Palace’, de Londres, sede da Comunhão anglicana, da qual Welby é líder espiritual.
O arcebispo Welby não pôde participar, junto a outros líderes religiosos, da Missa de início de pontificado de Francisco em 19 de março de 2013, pois dois dias após, tomaria posse como 105º Arcebispo de Cantuária. O encontro entre os dois líderes religiosos acabou se realizando em 14 de junho, quando Francisco recebeu-o em Audiência Privada.
A visita de Welby a Roma – a ser realizada de 14 a 16 de junho – será voltada à atividades ligadas “à chaga moderna da escravidão e ao tráfico de seres humanos’, contra as quais o Arcebispo Welby e o Papa Francisco lançaram iniciativas comuns em 17 de março.
De fato, em março passado, um grupo de líderes religiosos assinou em Roma uma declaração comum, com a qual foi inaugurada a “Global Freedom Network” (‘Rede Global da Liberdade’). Segundo os signatários do acordo, “é necessário um esforço comum para colocar fim à exploração física, econômica e sexual de mulheres, homens e crianças”, que a cada ano “condena 30 milhões de pessoas à desumanização e à degradação”.
Durante sua estadia em Roma, o arcebispo visitará o Centro Anglicano de Roma e participará da inauguração do novo site da Comissão Internacional Anglicana e Romana Católica para a Unidade e a Missão (IARCCUM). Welby visitará ainda um projeto para refugiados e projetos de luta contra a pobreza, da Comunidade de Santo Egídio. Ele encontrará também membros da Fundação internacional ecumênica católica “Caminho Novo”.

Consistório ordinário votará seis causas de canonização

Seis decretos de canonização serão votados durante o consistório ordinário do dia 12 de junho.






No dia 12 de junho, será realizado, no Vaticano, o Consistório Ordinário Público para a aprovação dos decretos de canonização de seis beatos. O encontro está marcado para às 10h (horário local) no Palácio Apostólico.
Os candidatos a canonização são:
- Giovanni Antonio Farina, Bispo de Vicenza, fundador das Irmãs Mestras de Santa Doroteia Filhas dos Sagrados Corações;
- Kuriakose Elias Chavara da Sagrada Família, sacerdote, fundador da Congregação dos Carmelitas de Maria Imaculada;
- Ludovico da Casoria, sacerdote da Ordem dos Frades Menores, fundador da Congregação das Irmãs Franciscanas Elisabetinas, conhecidas como “Bigie”;
- Nicola da Longobardi, oblato professo da Ordem dos Mínimos;
- Eufrasia Eluvathingal do Sagrado Coração, da Congregação das Irmãs da Madre do Carmelo;
- Amato Ronconi, da Terceira Ordem de São Francesco, fundador do Hospital dos Pobres Peregrinos in Saludecio, hoje “Casa de Repouso Obra Pia Beato Amato Ronconi”.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Catequese com o Papa Francisco – 28/05/14

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Nos dias passados, como vocês sabem, fiz uma peregrinação à Terra Santa. Foi um grande dom para a Igreja e dou graças a Deus por isso. Ele me guiou naquela Terra abençoada, que viu a presença histórica de Jesus e onde se verificaram eventos fundamentais para o judaísmo, o cristianismo e o islã. Desejo renovar a minha cordial gratidão a Sua Beatitude o Patriarca Fouad Twal, aos bispos dos vários ritos, aos sacerdotes, aos franciscanos da Custódia da Terra Santa. Estes franciscanos são bravos! O seu trabalho é belíssimo, aquilo que eles fazem! O meu grato pensamento vai também às autoridades jordanianas, israelenses e palestinas, que me acolheram com tanta cortesia, diria também com amizade, bem como a todos aqueles que cooperaram para a realização da visita.
1. O escopo principal desta peregrinação foi comemorar o 50º aniversário do histórico encontro entre o Papa Paulo VI e o Patriarca Atenágoras. Aquela foi a primeira vez em que um Sucessor de Pedro visitou a Terra Santa: Paulo VI inaugurava assim, durante o Concílio Vaticano II, as viagens fora da Itália dos Papas na época contemporânea. Aquele gesto profético do Bispo de Roma e do Patriarca de Constantinopla colocou uma pedra milenar no caminho sofrido, mas promissor, da unidade de todos os cristãos, que desde então deu passos relevantes. Por isso, o meu encontro com Sua Santidade Bartolomeu, amado irmão em Cristo, representou o momento culminante da visita. Juntos, rezamos no Santo Sepulcro de Jesus, e conosco estavam o Patriarca Grego-Ortodoxo de Jerusalém, Theophilos III e o Patriarca Armênio Apostólico Nourthan, além de arcebispos e bispos de diversas igrejas e comunidades, autoridades civis e muitos fiéis. Naquele lugar onde ressoou o anúncio da Ressurreição, sentimos toda a amargura e o sofrimento das divisões que ainda existem entre os discípulos de Cristo; e realmente isso faz tanto mal, mal ao coração. Ainda estamos divididos; e naquele lugar onde ressoou justamente o anúncio da Ressurreição, onde Jesus nos deu a vida, ainda nós estamos um pouco divididos. Mas, sobretudo, naquela celebração repleta de recíproca fraternidade, de estima e de afeto, ouvimos forte a voz do Bom Pastor Ressuscitado que quer fazer de todas as suas ovelhas um único rebanho; sentimos o desejo de sanar as feridas ainda abertas e prosseguir com tenacidade o caminho rumo à plena comunhão. Uma vez mais, como fizeram os Papas precedentes, eu peço perdão por aquilo que fizemos para favorecer esta divisão, e peço ao Espírito Santo que nos ajude a curar as feridas que fizemos aos outros irmãos. Todos somos irmãos em Cristo e com o Patriarca Bartolomeu somos amigos, irmãos, e partilhamos a vontade de caminhar juntos, fazer tudo aquilo que hoje podemos fazer: rezar juntos, trabalhar juntos pelo rebanho de Deus, procurar a paz, proteger a criação, tantas coisas que temos em comum. E como irmãos, devemos seguir adiante.
2. Outro escopo desta peregrinação foi encorajar naquela região o caminho rumo à paz, que é ao mesmo tempo dom de Deus e empenho dos homens. Fiz isso na Jordânia, na Palestina, em Israel. E o fiz sempre como peregrino, em nome de Deus e do homem, levando no coração uma grande compaixão pelos filhos daquela Terra que há muito tempo convivem com a guerra e têm o direito de conhecer finalmente dias de paz!
Por isto, exortei os fiéis cristãos a deixarem-se “ungir” com coração aberto e dócil pelo Espírito Santo, para serem sempre mais capazes de gestos de humildade, de fraternidade e de reconciliação. O Espírito permite assumir estas atitudes na vida cotidiana, com pessoas de diversas culturas e religiões, e assim de se tornar “artífices” da paz. A paz se faz artesanalmente! Não há indústrias de paz, não. Faz-se a cada dia, artesanalmente, e também com o coração aberto para que venha o dom de Deus. Por isto exortei os fiéis cristãos a deixarem-se “ungir”.
Na Jordânia agradeci às autoridades e ao povo pelo seu empenho no acolhimento de numerosos refugiados provenientes das zonas de guerra, um empenho humanitário que merece e requer o apoio constante da Comunidade Internacional. Fiquei impressionado com a generosidade do povo jordaniano em receber os refugiados, tantos que fogem da guerra, naquela região. Que o Senhor abençõe este povo acolhedor, que o abençõe tanto! E nós devemos rezar para que o Senhor abençõe este acolhimento e pedir a todas as instituições para ajudarem este povo neste trabalho de acolhimento que faz. Durante a peregrinação, também em outros lugares encorajei as autoridades interessadas a prosseguir com os esforços para aliviar as tensões na área do Oriente Médio, sobretudo na martirizada Síria, bem como a continuar na busca de uma solução equitativa para o conflito israelense-palestino. Por isto, convidei o presidente de Israel e o presidente da Palestina, todos dois homens de paz e artífices de paz, a virem ao Vaticano para rezarem junto comigo pela paz. E por favor, peço a vocês que não nos deixem sozinhos: vocês, rezem, rezem muito para que o Senhor nos dê a paz, nos dê a paz naquela Terra abençoada! Conto com as vossas orações. Forte, rezem, neste tempo, rezem muito para que venha a paz.
3. Esta peregrinação à Terra Santa foi também a ocasião para confirmar na fé as comunidades cristãs, que sofrem tanto, e exprimir a gratidão de toda a Igreja pela presença dos cristãos naquela região e em todo o Oriente Médio. Estes nossos irmãos são corajosas testemunhas de esperança e de caridade, “sal e luz” aquela Terra. Com suas vidas de fé e de oração e com a apreciada atividade educativa e assistencial, eles trabalham em favor da reconciliação e do perdão, contribuindo para o bem comum da sociedade.
Com esta peregrinação, que foi uma verdadeira graça de Deus, quis levar uma palavra de esperança, mas também a recebi! Eu a recebi de irmãos e irmãs que esperam “contra toda esperança” (Rm 4, 18), através de tantos sofrimentos, como aqueles que fugiram do próprio país por causa dos conflitos; como aqueles tantos que, em diversas partes do mundo, são discriminados e desprezados por causa de sua fé em Cristo. Continuemos a estar próximo a eles! Rezemos por eles e pela paz na Terra Santa e em todo o Oriente Médio. A oração de toda a Igreja apoia também o caminho rumo à plena unidade entre os cristãos, para que o mundo creia no amor de Deus que em Jesus Cristo veio habitar entre nós.
E convido vocês agora a rezarem juntos, a rezarem juntos à Nossa Senhora, Rainha da paz, Rainha da unidade entre os cristãos, a Mãe de todos os cristãos: que ela nos dê a paz, a todo o mundo, e que ela nos acompanhe neste caminho de unidade. [Ave Maria]

Na catequese, Papa recorda sua viagem à Terra Santa

Uma pequena pausa no ciclo de catequeses sobre os dons do Espírito Santo. Nesta quarta-feira, 28, Papa Francisco dedicou a audiência geral, com cerca de 70 mil fiéis, para falar de sua recente viagem à Terra Santa. “Um grande dom para a Igreja”, foi o termo usado pelo Santo Padre para definir sua viagem, a segunda internacional de seu pontificado.
O Santo Padre esteve na terra de Jesus de 24 a 26 de maio. Nesses três dias, ele visitou a Jordânia, a Palestina e Israel, tendo se encontrado com autoridades políticas e religiosas, a quem agradeceu pela cooperação.
Hoje, na Praça São Pedro, ele recordou o motivo principal de sua viagem: celebrar os 50 anos do histórico encontro entre o Papa Paulo VI e o Patriarca Atenágoras. Francisco destacou que, naquele lugar santo, sente-se a amargura e o sofrimento das divisões que ainda existem entre os cristãos.
“A divisão faz mal ao coração. Ainda estamos divididos? Naquele local onde Jesus nos dá a vida, nós ainda estamos um pouco divididos (…) Mais uma vez, como fizeram os Papas precedentes, eu peço perdão por aquilo que fizemos para favorecer essa divisão. E peço ao Espírito Santo que nos ajude a curar as feridas que nós fizemos aos outros irmãos”.
Outro objetivo da viagem foi encorajar, na região, o caminho rumo à paz. “A paz se faz artesanalmente. Não existem indústrias de paz. Ela é feita, todos os dias, artesanalmente, e também com o coração aberto para que venha o dom de Deus”, disse o Papa recordando o convite feito aos Presidentes de Israel e da Palestina, “homens de paz e artífices da paz”, a se dirigirem ao Vaticano para rezar.
Na Jordânia, Francisco se declarou “impressionado” com a generosidade da população, que acolhe milhares de refugiados em seu território, acolhe aqueles que fogem das guerras na região. “Que Deus abençoe este povo acolhedor!”, disse o Papa, pedindo que a comunidade internacional ajude o país nesse trabalho de acolhimento.
Francisco afirmou ainda que sua viagem foi também a ocasião para confirmar, na fé, as comunidades cristãs que tanto sofrem e expressar a gratidão de toda a Igreja pela presença deles naquela região e em todo o Oriente Médio. “Com essa visita, quis levar uma palavra de esperança, mas também eu a recebi; recebi-a de irmãos e irmãs que continuam a ‘esperar contra toda a esperança’ ”.
Com a multidão, o Papa rezou uma Ave-Maria pedindo a intercessão de Nossa Senhora para que dê a paz a todo o mundo e acompanhe a todos no caminho da unidade.

E veio a férula de Paulo VI

O que conhecemos como “férula de Paulo VI” é, na verdade, o terceiro e último modelo da insígnia usado por ele:
Não temos data da primeira foto. A segunda é novembro 1970, em Missa na Catedral de Sydney.
A terceira é no Domingo de Ramos de 1974
No artigo anterior sobre a férula papal, vimos a sua origem e razão e a restrição de seu uso que com o passar do tempo começou a existir. Numa foto, é possível ver João XXIII usando a férula na bênção final da Missa de abertura do Concílio Vaticano II – eram as primícias da restauração do uso integral da férula, com as mesmas cerimônias do báculo episcopal, que atingiu a plenitude com Paulo VI. Ainda na missa de sua coroação pontifícia, em 30 junho 1963, a insígnia não foi usada como o seria a partir de 08 dezembro 1965, encerramento do Concílio Vaticano II, quando pela primeira vez Paulo VI usou a férula desenhada e fundida pelo escultor napolitano Lello Scorzelli. O novo desenho, em prata, apresenta o Cristo numa cruz de braços encurvados, lembrando o báculo dos bispos orientais, e em superfície fosca.

oão Paulo II com a milenar férulas de 3 barras, conhecida por “hierofante”, do grego, “o alto demonstrador da sacralidade”
O número de barras tem a ver com o triregnum:
indicador do poder temporal, da plenitude do poder eclesiástico e jurisdição sobre a Igreja universal
Na foto, abertura da Porta Santa por ocasião do Ano da Redenção de 1983

João Paulo I não quis ser coroado, como o foi Paulo VI, mas adotou a mesma férula. João Paulo II fez o mesmo. Contudo, por razões desconhecidas dada a raridade do fato, na abertura da Porta Santa do Ano da Redenção em 25 março 1983, ele usou a milenar férula de três barras. Mas, foi a única vez que vimos um Papa usando esse modelo de férula. Bento XVI ainda fez uso da férula de Paulo VI nos 3 primeiros anos de seu pontificado; no Domingo de Ramos de 2008, a trocou pela de Pio IX, lhe presenteada em 1877 pelo Círculo de São Pedro por ocasião do 50º aniversário de sua sagração episcopal. Na celebração das Primeiras Vésperas do Advento de 2009, 28 novembro, Bento XVI começou a usar uma férula feita para ele e doada pelo mesmo Círculo de São Pedro, dourada, similar à de Pio IX.
 Sabe-se que nos tempos de João Paulo II, existiam 3 férulas no modelo de Paulo VI – uma que era a original e outras 2 feitas ao longo do pontificado do papa polonês, em pesos menores devido a sua debilidade física. Portanto, é uma dessas 3 conhecidas que o Papa Francisco tem usado desde 07 abril 2013, quando na Missa de posse da Cátedra Romana, abandonou a férula de Bento XVI

O latim deve ou não continuar?

A quinta Congregação Geral iniciou esta manhã, no horário de sempre, como a Santa Missa celebrada por Mons. John Krol, Arcebispo de Filadélfia, nos Estados Unidos.
Ocupou em seguida a Presidência o Em.mo Cardeal Francis Spellman, Arcebispo de Nova York.
Segundo os cálculos fornecidos pelo Centro Mecanográfico, estavam presentes 2.363 Padres Conciliares.
Particular solenidade foi dada hoje à entronização do Evangelho: partindo da estátua de São Pedro, junto à qual está a mesa do Conselho de Presidência, Mons. Jean-Marie Villot, Arcebispo Coadjutor de Lyon e um dos cinco Subsecretários do Concílio, levou solenemente o livro dos Evangelhos por toda a nave central, antes de colocá-lo sobre o altar, enquanto a Assembleia cantava o salmo “Laudate Dominum”, alternando com o verso “Christus vincit”. [...]
Continuou-se a seguir no debate, iniciado ontem, sobre a Sagrada Liturgia. As primeiras intervenções referiam-se ainda ao projeto de Constituição em geral. Houve, como ontem, pareceres diferentes, nos quais se refletem escolas, experiências e problemas diversos que, porém, revelam também identidade de desejo de afirmar o valor intrínseco da Liturgia para torná-la expressão viva e real do culto que a Igreja universal presta a Deus.
A meta prefixada pelos Padres, com o debate sobre o tema central da Liturgia, é a de favorecer sempre mais, mormente nos sacerdotes e, depois, nos fiéis, uma educação para a autêntica piedade litúrgica, a fim de que a Liturgia possa ser de fato fonte de graça e meio de salvação. O problema litúrgico está hoje no centro de uma atenção cada vez mais vasta e sensível.
Nem sequer faltam pedidos de reformas mais ou menos acentuadas, provindos de setores diferentes. A este propósito, já a Encíclica Mediator Dei distinguia na Liturgia entre elementos de origem divina e os de determinação humana: os elementos instituídos pelo Divino Redentor não podem, é claro, ser modificados pelos homens; mas os elementos humanos estão sujeitos a modificações, sempre aprovadas pela Sagrada Hierarquia, segundo as exigências dos tempos, das coisas e das almas.


[23 outubro 1962]

Papa adia beatificação para investigar alegado anti-semitismo

Escritos do padre Léon Dehon, fundador dos padres do Sagrado Coração de Jesus, serão agora avaliados por uma comissão
de cardeais
Numa decisão inédita, o Papa Bento XVI suspendeu a beatificação do padre francês Leão Dehon, que chegou a estar marcada para dia 24 de Abril, mandando investigar alegadas acusações de anti-semitismo nos seus escritos. Fundador, em 1877, dos padres do Sagrado Coração de Jesus (SCJ), o caso do padre Dehon será agora reavaliado por uma comissão que o Papa instituiu depois de um alerta dos bispos franceses.
O adiamento da cerimónia foi motivado, em primeiro lugar, pela morte de João Paulo II, a 2 de Abril, e a posterior eleição de Bento XVI. Agora, com a decisão do novo Papa, a causa terá que ser reavaliada. Ainda durante esta semana, o superior-geral dos mais de 2200 dehonianos que existem no mundo, o português José Ornelas Carvalho, deverá dirigir à comissão uma carta a expor os argumentos da congregação fundada por Dehon, soube o PÚBLICO junto do superior da província portuguesa dos padres do SCJ.
De acordo com o padre Manuel Barbosa, os textos do padre Dehon estão publicados, são conhecidos e, por isso, o assunto será "resolvido", acredita o responsável dos cerca de 100 dehonianos portugueses. "Não há nada de especial, haverá um certo empolamento no caso", acrescenta, para justificar o facto de não querer fazer comentários sobre o assunto. "Agora é melhor esperar que a comissão trabalhe", diz o padre Barbosa.
As alegações surgiram com o historiador francês Dominique Durand, que, já em Fevereiro, terá alertado os bispos do país para alguns escritos do padre Dehon alegadamente anti-semitas. No seu Catecismo Social, de 1898, Léon Dehon escrevia que os judeus "mantiveram a sua aversão a Cristo e, em consequência disso, lutam contra as acções da Igreja em todo o lado". Ao mesmo tempo, os judeus "favorecem todos os inimigos da Igreja", escrevia o padre Dehon, de acordo com uma cópia do texto da Conferência dos Bispos Franceses citado pela Associated Press.
Em declarações à mesma agência, Durand contou que a questão surgiu quase casualmente: ao cruzar-se com um bispo, o historiador disse-lhe que a Igreja poderia vir a ter "problemas" com a beatificação. "Os bispos reagiram então muito rapidamente. Entenderam que não era bom que isso acontecesse", explicou o investigador, professor de História Religiosa Contemporânea na Universidade de Lyon III e que já foi conselheiro cultural da embaixada francesa junto da Santa Sé, entre 1998 e 2002.
"Quando se beatifica Madre Teresa, isso significa que a Igreja quer dizer aos cristãos que Madre Teresa é um exemplo", diz o historiador. "O risco de beatificar o padre Dehon é dizer aos católicos que o anti-semitismo não é uma questão séria." Considerando assinalável a suspensão, Dominique Durand diz que, uma vez decidida, a beatificação "vai sempre até ao fim". "Isto é completamente invulgar."

Afirmações têm que ser lidas no contexto da época
De acordo com o jornal La Croix, Dehon escreveu que o Talmude, livro que fixa a literatura judaica rabínica dos seis primeiros séculos da era cristã, é um "manual do bandido, corruptor e destruidor social" e que o anti-semitismo é um "sinal de esperança". Segundo o mesmo jornal, o superior dos dehonianos em França contesta as acusações, dizendo que as afirmações tinham que ser lidas no contexto da época em que foram escritas. "O padre Dehon era um homem cheio de amor", afirmou o padre Joseph.
Léon Dehon viveu entre 1843 e 1925, numa altura em que o anti-semitismo cresceu na Europa. Foi ordenado padre em 1868 e fundou a congregação religiosa com o objectivo de ajudar os mais necessitados e de suprir as necessidades pastorais da Igreja Católica.
Os escritos de Dehon tinham já sido aprovados por duas vezes, em 1960 e em 1971, por um grupo de teólogos. A comissão agora constituída é composta pelos cardeais José Saraiva Martins, o português que preside à Congregação para a Causa dos Santos; Paul Poupard, francês, que preside ao Conselho Pontifício para a Cultura; Georges Cottier, teólogo pessoal do anterior Papa, João Paulo II; e o francês Roger Etchegaray, ex-presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz. A primeira reunião realiza-se na próxima sexta-feira.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Arcebispo pede ao Vaticano beatificação de Dom Hélder

O arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, afirmou, nesta terça-feira, 27, que vai enviar uma carta à Congregação para a Causa dos Santos, em Roma, pedindo a instauração do processo de beatificação de Dom Hélder Câmara, arcebispo emérito de Olinda e Recife, falecido em 1999.
O arcebispo fez o anúncio durante Celebração Eucarística na Capela dos Manguinhos, no Palácio Episcopal, em Recife.
Dom Saburido, antes de enviar a carta, deverá obter a autorização da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Depois disso enviará o documento à Santa Sé para abrir a primeira fase do processo  no tribunal eclesiástico diocesano.
Sobre Dom Helder
Hélder Pessoa Câmara nasceu em Fortaleza (CE), no dia 7 de fevereiro de 1909 e faleceu em 28 de agosto de 1999, como arcebispo emérito de Olinda e Recife (PE).
Desde sua juventude, Dom Helder era comprometido com as realidades sociais do país. Foi ordenado sacerdote com  22 anos de idade, após autorização especial da Santa Sé. Aos 43 anos foi nomeado bispo auxiliar do Rio de Janeiro.
No dia 12 de março de 1964 foi designado para ser arcebispo de Olinda e Recife (PE), função que exerceu até 2 de abril de 1985. Dom Helder é considerado um dos fundadores da Conferência Nacional do Brasil (CNBB).

Escutar apelo por unidade, pede Papa em celebração ecumênica

O momento tão esperado da visita do Papa Francisco à Terra Santa enfim chegou. Neste domingo, 25, ele se encontrou com o Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, e participou de uma celebração ecumênica recordando os 50 anos do histórico abraço entre o Papa Paulo VI e o Patriarca Atenágoras.
Pouco antes da Celebração, os dois líderes religiosos dirigiram-se à Pedra na Unção, lugar no qual o corpo de Jesus foi depositado, após ser retirado da cruz, e ungido com óleo.

Na Basílica do Santo Sepulcro, Francisco destacou este momento de oração como uma graça extraordinária. “Acolhamos a graça especial deste momento. Detenhamo-nos em devoto recolhimento junto do sepulcro vazio, para redescobrir a grandeza da nossa vocação cristã: somos homens e mulheres de ressurreição, não de morte. Aprendamos, a partir deste lugar, a viver a nossa vida, as angústias das nossas Igrejas e do mundo inteiro, à luz da manhã de Páscoa”.
O Santo Padre recordou que Cristo carregou cada sofrimento e tribulação e com Seu sacrifício abriu passagem para a vida eterna. Assim sendo, Francisco disse que não se deve deixar roubar o fundamento da esperança e que o mundo não pode ser privado do anúncio da Ressurreição. Ele pediu que as pessoas não fiquem surdas ao forte apelo da unidade que ressoa em especial nesse lugar sagrado para os cristãos.
Escutar apelo por unidade, pede Papa em celebração ecumênica

O Pontífice reconheceu que não se pode negar as divisões que ainda existem entre os discípulos de Jesus, mas, olhando com gratidão para o gesto histórico de Paulo VI e Atenágoras, vê-se como foi possível, por impulso do Espírito Santo, dar passos importantes rumo à unidade.
“Estamos cientes de que ainda falta percorrer mais estrada para alcançar aquela plenitude da comunhão que se possa exprimir também na partilha da mesma mesa eucarística, que ardentemente desejamos; mas as divergências não devem assustar-nos e paralisar o nosso caminho. Devemos acreditar que, assim como foi removida a pedra do sepulcro, assim também poderão ser removidos todos os obstáculos que ainda impedem a plena comunhão entre nós”.
Ao falar da unidade, Francisco reiterou seu desejo, a exemplo de seus antecessores, de manter diálogo com todos os irmãos em Cristo. Ele não deixou de mencionar a região do Oriente Médio, tantas vezes marcada por conflitos, e recordou que há inúmeros cristãos perseguidos por causa de sua fé em Cristo Ressuscitado.
“Quando cristãos de diferentes confissões se encontram a sofrer juntos, uns ao lado dos outros, e a prestar ajuda uns aos outros com caridade fraterna, realiza-se o ecumenismo do sofrimento, realiza-se o ecumenismo do sangue, que possui uma eficácia particular não só para os contextos onde este tem lugar, mas, em virtude da comunhão dos santos, também para toda a Igreja”.
Por fim, ele pediu que as hesitações do passado sejam colocadas de lado e que se possa abrir o coração à ação do Espírito Santo para caminhar rumo ao tão desejado dia da plena comunhão.

Vaticano divulga celebrações com o Papa para próximos meses

O Boletim da Santa Sé divulgou, nesta terça-feira, 27, o calendário das celebrações presididas pelo Papa Francisco de junho a agosto deste ano. Confira na lista abaixo:
JUNHO
Domingo, 8
Domingo de Pentecostes
Basílica Vaticana, 10h
Capela papal
Santa Missa
Quinta-feira, 12
Sala do Consistório, 10h
Consistório para algumas Causas de Canonização
Quinta-feira, 19
Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo
Praça São João Latrão, 19h
Capela Papal
Santa Missa
Procissão a Santa Maria Maior e Bênção Eucarística
Sábado, 21
Visita Pastoral a Cassano all’Jonio
Domingo, 29
Solenidade de São Pedro e Paulo
Basílica Vaticana, 9h30
Capela Papal
Santa Missa e imposição do pálio aos novos arcebispos metropolitanos
JULHO

Sábado, 5
Visita Pastoral a Campobasso e Isernia
AGOSTO

Quarta-feira, 13 – Segunda-feira, 18
Viagem Apostólica à República da Coreia por ocasião da Sexta Jornada da Juventude Asiática

segunda-feira, 26 de maio de 2014

PIO IX, PAPA PARA PERPÉTUA MEMÓRIA

Informaram-nos de que, anos passados, foi constituída canonicamente na Diocese de Puy (em França) uma piedosa associação ou Confraria de fiéis de um e de outro sexo, sob o título de Apostolado da Oração, cujos membros, entre muitas outras obras de piedade e caridade que costumam, ou que tencionam praticar, se ligam sobretudo por orações quotidianas para obter de Deus a graça para a Egreja Universal, em particular para o Soberano Pontífice. Por Breve semelhante, dado em Gaeta a XIX (19) de Agosto de MDCCCXLIX (1849), concedemos aos membros desta Associação algumas indulgências por sete annos. Tendo já expirado o tempo desta concessão, pediram-nos novamente que nos dignássemos, em nossa benignidade Apostólica, de abrir os thesouros dos beneficios celestiaes, dos quaes o Altissimo Nos quis constituir depositário.
Afim de que esta Associação tenha diariamente mais incremento, julgamos dever acceder às súpplicas que Nos foram dirigidas, e conceder como se segue:
Confiado na misericórdia de Deus Omnipotente, e na auctoridade dos BB. Apostolos Pdro e Paula, concedemos a todos os fieis de ambos os sexos, que entrarem de ora em deante na dita Associação, como às que nella se inscreverem para o futuro, concedemos tambem misericordiosamente no Senhor, Indulgencia Plenaria e remissão de todos os peccados, se verdadeiramente contritos, depois de confessados e commungados, visitarem devotamente uma Egreja publica no dia da festa da Immaculada Conceição de Nossa Senhora, e na Sexta-Feira que se seguir immediatamente à Oitava da festa do Santíssimo Corpo de Deus, das primeiras vésperas; de mais, em uma Sexta-Feira de cada mez (exceptuando Sexta feira Santa) e ainda em outro dia de cada mez, uma e outro à escolha de cada Associado, desde o nascer do Sol, comtanto que nesses dias offereçam a Deus fervorosas orações pela concordia dos Principes Christãos, extirpação das heresias e exaltação da Santa Madre Egreja. Além disso, aos ditos Associados, que, pelo menos contritos de coração, cumprirem bem com as obras poas prescriptas no começo de formas costumadas da Egreja, por cada uma d'estas boas obrasm a remissão de cem dias de penas, que possam ter sido impostas ou merecidas de qualquer modo. Todas estas Indulgencias, e cada uma dellas, estas remissões de peccados, e perdões de penas permittimos tambem no Senhor, que possam ser applicados como suffragio pelas almas dos fieis, que sahirem d'esta unidos a Deus pela caridade.
Tudo isto concedemos não obstante qualquer disposição em contrario, tenham as presentes lettras valor em perpetuo. Queremos, além d'isso, que nos trasladosou copias, sejam impressas ou manuscriptas, das presentes lettras assignadas por mão de notario publico, roboradas pelo sello de pessoa ecclesiastica constituida em dignidade, se preste a mesma fé que se prestara às presentes, se fossem exibidas ou mostradas.
Dado em Roma, sob o annel do Pescador, aos 25 dias de Fevereiro de MDCCCLXI (1861), 15º anno do nosso Pontificado.

sábado, 24 de maio de 2014

Missa abre homenagens ao centenário de Irmã Dulce

Durante um ano, serão realizadas homenagens pelos 100 anos do nascimento de Irmã Dulce.

Milhares de pessoas são esperadas para a Missa campal que será realizada neste domingo, 25, em Salvador (BA), em homenagem aos 100 anos do nascimento de Irmã Dulce.
A programação festiva terá início às 16h com uma procissão. Os fiéis irão percorrer o trajeto entre a Igreja do Bonfim e a Praça Irmã Dulce, localizada no Largo de Roma, local onde será realizada a Missa às 17h. A celebração será presidida pelo arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger.
As homenagens à freira, fundadora de uma das mais importantes obras sociais do Brasil, a OSID, prosseguirão ao longo de um ano. Durante este período haverá novidades, como a estreia do filme biográfico da religiosa; a requalificação do Memorial Irmã Dulce; a inauguração da Unidade de Quimioterapia e Radioterapia Nossa Senhora de Fátima; o início da construção da nova Unidade de Coleta e Transfusão de Sangue da OSID; além do lançamento de obra literária, exposições e a realização de uma sessão solene no Senado Federal.
O calendário festivo contará ainda com iniciativas como o programa Irmã Dulce: um diálogo com a educação, o qual colocará a trajetória de amor da beata entre os temas trabalhados nas mais de 400 escolas municipais de Salvador ao longo de 2014.
Irmã Dulce foi beatificada em 2011 e passou a ser conhecida como a Bem-Aventurada Dulce dos Pobres. Atualmente, o processo de canonização está andamento.


Papa reza em silêncio no local em que Jesus foi batizado

Francisco visita local do Batismo de Jesus em Betânia além do Jordão.

O Papa Francisco visitou neste sábado, 24, o Rio Jordão, local em que Jesus foi batizado. O Papa não fez nenhum discurso, mas sim uma oração silenciosa.
O Rio Jordão, localizado na fronteira entre Israel e Jordânia, palco de conflitos, é citado em vários trechos das sagradas escrituras como o local do batismo de Jesus, por seu primo João Batista e da Manifestação da Santíssima Trindade.
Peregrinos do mundo inteiro renovam as promessas batismais em suas águas. O Rio, hoje, sofre com a poluição.
Esse foi o terceiro compromisso de Francisco na Jordânia. O primeiro foi a cerimônia de boas-vindas, no Palácio Real em Amã, e o segundo uma missa celebrada no Estádio Internacional.
Após a visita Francisco, seguiu para um encontro com refugiados e jovens portadores de deficiência na igreja Latina em Betânia além do Jordão.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Paz definitiva é a de Jesus, destaca Papa em homilia

Francisco enfatizou que a paz oferecida pelo mundo é passageira, diferente daquela trazida pelo Espírito Santo.

Quem acolhe, no coração, o Espírito Santo terá uma paz sólida e sem fim, diferente de quem escolhe confiar de modo “superficial” nas tranquilidades oferecidas pelo dinheiro ou pelo poder. Este foi o ensinamento proposto pelo Papa Francisco, na homilia da Missa desta terça-feira, 20, na Casa Santa Marta.
Francisco concentrou-se na diferença entre a paz das coisas – do dinheiro, do poder, da vaidade –, que sempre corre o risco de desaparecer, e a paz em Pessoa, aquela do Espírito Santo, que é a paz definitiva, algo que ninguém pode tirar de nós. Citando o Evangelho do dia, o Papa recordou que Jesus deixou a Sua paz aos discípulos.
A paz do mundo, segundo explicou o Santo Padre, é algo passageiro. A riqueza, por exemplo, pode ser levada por ladrões ou pela queda da bolsa de valores. A paz do poder pode ser tirada pelo golpe de Estado. A paz da vaidade é como uma “paz de conjuntura”, pois, hoje, uma pessoa pode ser estimada e amanhã ser insultada, a exemplo do que aconteceu com Jesus entre o Domingo de Ramos e a Sexta-Feira Santa. Definitiva mesmo é a paz de Jesus, destacou Francisco.
“A paz de Jesus é uma Pessoa, é o Espírito Santo! E quando o Espírito Santo está no nosso coração, ninguém pode nos tirar a paz, ninguém, porque ela é definitiva. Qual é o nosso trabalho? Protegê-la. É uma paz grande, que não é minha, foi o Senhor quem a deu para mim!”.

 Esta paz é recebida com o Batismo e com a Crisma, mas sobretudo, ressaltou o Pontífice, se recebe como uma criança recebe um presente: sem condição e com coração aberto. “Se vocês têm essa paz do Espírito, se vocês têm o Espírito dentro de vocês e são conscientes disso, não se perturbe o vosso coração. Estejam seguros! A presença do Espírito faz com que o nosso coração esteja em paz. Não anestesiado, não! Consciente, em paz, com aquela paz que somente a presença de Deus nos dá”.

Papa na Jordânia: 1500 crianças farão a 1ª comunhão

Das 50 mil pessoas esperadas para Missa com o Papa, 1500 se preparam para receber a Eucaristia pela primeira vez.


Durante a visita que o Papa Francisco irá realizar à Terra Santa, de 24 a 26 de maio deste ano, cerca de 1500 crianças de toda a Jordânia farão a sua Primeira Comunhão. O evento está marcado para o dia, 24, sábado, no Estádio Internacional de Amã, onde o Pontífice presidirá a Santa Missa.
“A preparação para a celebração, que começou há quatro meses, também envolveu os pais das crianças com aulas de catecismo realizadas todas as sextas-feiras por sacerdotes, religiosas, catequistas e professores de religião”, afirmou o porta-voz oficial da visita papal, padre Rifat Bader, que é diretor do Centro Católico de Estudos e Mídia.
O sacerdote explicou também como se procederá na ocasião. “As crianças, vestidas de branco, permanecerão em seus lugares após a consagração e os bispos e sacerdotes lhes administrarão a Primeira Comunhão”. Nesta celebração, estarão presentes por volta de 50 mil fiéis, além de 500 jovens voluntários que desempenharão funções de apoio durante o evento.
O Papa vai se locomover com um jeep aberto construído pelos jordanianos, nos moldes do que ele usa na Praça São Pedro. Francisco não deseja carros blindados e luxuosos; trata-se de um pedido não negociável, disseram pessoas ligadas à preparação da viagem.

Bispo fala do exemplo da maternidade de Maria de Nazaré

Dom Antônio Augusto parte do exemplo da maternidade de Maria para falar da importância da paternidade - maternidade no mundo hoje.

Maria de Nazaré
Quando se olha para a história da humanidade e se encontra todo o apogeu e a influência política, cultural e jurídica do Império Romano sob o governo dos Césares, é muito raro nos livros didáticos, e até mesmo nas pesquisas científicas, a menção do povoado de Nazaré.
Naquela época – até mesmo no mundo contemporâneo – poucos são os estudiosos dedicados ao exame e à análise do que sucede em pequenas localidades geograficamente delimitadas e sócio-economicamente pouco relevantes.
Nazaré era assim! Até mesmo para quem conhecia esse pequeno local onde viveu a Sagrada Família tinha-se a seu respeito um juízo depreciativo: “De Nazaré pode sair coisa boa?” (cf. Jo 1, 46). Na imensidão do Império Romano havia esse ponto geográfico minúsculo, situado no território da Galileia, numa região inóspita, e até mesmo, insignificante dentro de Israel.
Entretanto em Nazaré viveu e cresceu Maria, a mãe de Deus encarnado, o Filho de Deus Vivo e São José.
Nessa aldeia, sem destaque sócio-econômico, o Verbo de Deus se fez homem, habitou entre os homens. Uma criança foi concebida no seio de uma jovem mulher prometida, em casamento, a um jovem carpinteiro. Em Belém nasceu, no interior de uma gruta, no Egito viveu alguns anos, e a maior parte da sua existência, conviveu com os habitantes dessa aldeia, até que se tornou conhecido como o Nazareno.
O Autor da Vida veio ao mundo para dar a vida em abundância a todos que n’Ele acreditaram, e a primeira pessoa que teve fé e essa vida abundante foi Maria, sua Mãe.
Nossa Senhora de Nazaré é a Mãe do Autor da Vida, é a Mulher que concebeu a vida humana do Filho eterno do Pai, é a jovem que viveu a sua gravidez com alegria e gratidão.
A maternidade de Maria de Nazaré tem uma singularidade única, tem também uma exemplaridade sublime, e todas as mulheres que sabem acolher a dimensão maternal, apesar de todos os sacrifícios e dificuldades que existam nas suas vidas, encontrarão na Mãe de Jesus uma ajuda e um novo ânimo..
Para Maria de Nazaré ser Mãe transcende a dimensão biológica-psicológica.
Ser Mãe para esta mulher, habitante de uma minúscula aldeia de um império sem fronteiras, era, e continua sendo, uma revelação de dois grandes direitos humanos, que alicerçam toda a sociedade: Ser pais e ser filhos!
A paternidade-maternidade é um direito, que não pode ficar só à mercê das leis humanas, nem tampouco sofrer as pressões exercidas por determinados grupos marcados por ideologias de evidente caráter utilitarista e econômico.
Ser pai e ser mãe é um direito humano, que cria a condição para que a família e a sociedade tenham sua função educadora e vivam de mãos dadas para a construção de um mundo melhor e mais evoluído.
Consequentemente, ser filhos é, possuir desde a sua concepção, o direito de escrever uma história de cooperação mútua com seus pais, dando as mãos aos seus irmãos para serem arquitetos de um futuro de paz e de justiça social.
Em vista de todos esses benefícios compreende-se melhor a força de expressão presente naquela resposta dada por Maria de Nazaré no momento da Anunciação: “Faça-se em mim, segundo a sua vontade”.
A vontade de Deus Uno e Trino é que o mundo seja assim mais humano, mais justo; seja mais família, seja mais habitável por pessoas irmanadas no bem e na paz. Que todos os católicos, que todas as pessoas de boa vontade, entendam e defendam a maternidade como um direito fundamental das mulheres, como um bem para elas e um rico tesouro para a família humana!

domingo, 18 de maio de 2014

Meditação Diária - Dom, 18 – DOMINGO V DO TEMPO PASCAL – Ano A

Continuamos em ambiente pascal. A comunidade cristã primitiva experimenta a diversidade dos seus membros e, ao mesmo tempo, a unidade em redor de Cristo ressuscitado. É nesta linha que as leituras de hoje nos falam do nosso lugar na Igreja.
A partir da Liturgia da Palavra, podemos definir as principais características da comunidade cristã do seguinte modo: é formada por pessoas de raças e culturas diferentes, capazes de se entreajudarem mutuamente; constituída segundo uma estrutura hierárquica orientada para a unidade da fé e o serviço ministerial, tem aí o garante do depósito da fé; animada pelo Espírito Santo ao longo da sua história, torna-se, segundo os desígnios de Deus, caminho de salvação de todos os homens; é o «templo espiritual» que tem em Cristo ressuscitado a «pedra angular» e nos cristãos as suas «pedras vivas».
Olhando para esta descrição das características da Igreja, damo-nos conta que, nesta Casa de Deus, existem muitas e variadas formas de servir a comunidade: os sacerdotes, os diáconos e os leigos. «Em casa de meu Pai há muitas moradas», diz-nos Jesus, e os Actos dos Apóstolos mostram-nos a escolha dos sete primeiros diáconos, «homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria», para as obras de caridade e o serviço aos mais necessitados. Diante deles, somos todos convidados a meditar no lugar que ocupamos nesta grande comunidade cristã. Como «pedras vivas» da Igreja, de que forma colocamos a render os talentos e as qualidades em benefício de todos? Ao mesmo tempo, respeitamos o espaço dos outros cristãos e as suas diferenças naturais?
A liturgia da Palavra diz-nos também que fazemos parte de um edifício espiritual onde Cristo é a «pedra angular» e fundamento de toda a estrutura. Sem um compromisso sério com Deus, a obra torna-se imperfeita e mais frágil, a construção do Reino de Deus torna-se mais lenta e fechada. Por isso, diz Jesus no Evangelho de S. João, respondendo a uma pergunta de Tomé: «Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por Mim». Não se pode chegar ao Pai e à sua morada sem passar pelo Filho e não faz sentido dizer-se cristão sem aprofundar a relação com Cristo. Se procuramos um caminho a trilhar, sigamos a Cristo pois, como diz S. Tomás de Aquino, «mais vale coxear durante o caminho do que caminhar a passos largos mas fora do caminho». Ser Igreja implica tempo de aprendizagem para conhecer o que diz o Magistério da Igreja; intimidade com Jesus conquistada na oração, para moldar a humanidade imperfeita e pecadora; testemunho cristão sério e coerente através de obras e gestos que expressam Aquele em quem acreditamos.
Por fim, S. Pedro recorda-nos na sua Epístola que somos «geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido por Deus, para anunciar os louvores» de Cristo ressuscitado. Como baptizados, tomemos consciência que participamos do sacerdócio de Jesus Cristo com as nossas vidas de cada vez que nos colocamos ao serviço da comunidade cristã e nos identificamos com ela.

Indulgências Plenárias


A Consetituição Apostólica do Papa Paulo VI " Indulgentiarum Doctrina", dadata de 1 de Janeiro de 1967 determinava que as associações fizessem uma revisão das indulgências a elas concedidas, para se acomodarem à nova lei.
Indulgências Plenárias
1- No dia da inscrição no AO
2- No dia da consagração ao S. Coração
3- Na festa de S. Francisco Xavier, padroeiro principal do AO
4- Na festa do Sagrado Coração de Jesus
5- Na festa de Cristo Rei
6- Na festa da Imaculada Conceição
7- Na festa de S. Pedro e S. Paulo
8- No dia da renovação anual da consagração ao Sagrado Coração

Problemas na Igreja resolvem-se com diálogo e oração, diz Papa

“Os problemas na Igreja resolvem-se confrontando-se, debatendo e rezando, com a certeza de que as fofocas, as invejas e os ciúmes não poderão jamais nos levar à concórdia”, explica Papa.

“As fofocas, as invejas e os ciúmes, não nos levam à concórdia, à harmonia e à paz”, disse o Papa Francisco, neste domingo, 18,  na reflexão que antecedeu a Oração mariana do Regina Coeli. O Santo Padre afirmou que o descontentamento e as lamentações que existem também nas paróquias se resolvem “confrontando-se, discutindo e rezando”.
Cerca de 50 mil peregrinos reuniram-se na Praça de São Pedro, no Vaticano, para participar da oração dominical com o Pontífice.
Francisco explicou que a leitura dos Atos dos Apóstolos, da liturgia deste domingo, nos mostra que também na Igreja primitiva surgiram as primeiras tensões e divergências.
“Na vida, os conflitos existem, o problema é como enfrentá-los. Até aquele momento, a unidade da comunidade cristã era favorecida pela pertença a uma única etnia e cultura, a judaica. Mas, quando o Cristianismo, que por vontade de Jesus é destinado a todos os povos, se abre ao âmbito cultural grego, essa homogeneidade é perdida e surgem as primeiras dificuldades”, disse.

Papa reza pelas vítimas das inundações na Bósnia e na Sérvia

Países sofrem com as piores inundações dos últimos 120 anos, que já provocou a morte de pelo menos 30 pessoas e deixou milhares de desabrigados.

Após a oração do Regina Coeli deste domingo, 18, o Papa Francisco dirigiu o seu pensamento às vítimas das graves inundações que devastaram amplas áreas dos Bálcãs, sobretudo na Sérvia e Bósnia.
Os países sofrem em consequência das piores inundações na região em mais de um século.
“Enquanto confio ao Senhor as vítimas dessas calamidades, exprimo a minha pessoal proximidade a todos aqueles que estão vivendo horas de angústia e de tribulação”, disse o Santo Padre.
Em seguida,  o Pontífice pediu a todos os fiéis que rezassem juntos por esses irmãos e irmãs que se encontram em dificuldade. E todos, unidos ao Papa, rezaram uma Ave Maria.
Após saudar os grupos de fiéis presentes na Praça de São Pedro, no Vaticano, Francisco encorajou as associações de voluntariado vindos a Roma para o Dia do enfermo oncológico: “Rezo por vocês, pelos enfermos e pelas famílias. E vocês – concluiu – rezem por mim!”.
Situação na Bósnia e na Sérvia
Informações das agências de notícias sobre a Sérvia e a Bósnia relatam que grande parte desses países seguem sob a água após cinco dias de chuva, que deixaram pelo menos 30 mortos e milhares de desabrigados.
Na Sérvia, a principal preocupação das autoridades é a cidade de Obrenovac, que está completamente tomada pelas águas do rio Kolubara, que transbordou. Até agora foram retirados quatro mil dos 80 mil moradores da cidade, informa a agência de notícias sérvia “Tanjug”.
Desde quinta-feira passada, morreram na Sérvia pelo menos cinco pessoas por causa das inundações, embora os serviços de proteção civil estimem que o número exato só será conhecido quando as águas baixarem. Predrag Maric, Chefe do denominado ‘quartel de emergências’ da Sérvia, qualificou as inundações como “uma catástrofe jamais vista” neste país balcânico. Em toda a Sérvia, foram retiradas, até agora, aproximadamente 15,5 mil pessoas.
Na Bósnia, a situação que parece mais crítica neste momento é na cidade de Bijeljina, no nordeste do país, onde cerca de 5 mil casas e edifícios estão inundados.
Enquanto isso, nos arredores da cidade de Maglaj, mais ao sudoeste, vive-se uma situação crítica desde quinta-feira. As previsões meteorológicas falam de chuvas que perdem a intensidade durante este fim de semana, o que fará com que baixe o nível de água dos rios.

sábado, 17 de maio de 2014

Regina Coeli com o Papa Francisco – 11/05/14

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
O evangelista João nos apresenta, neste quarto domingo do tempo pascal, a imagem de Jesus Bom Pastor. Contemplando esta página do Evangelho, podemos compreender o tipo de relação que Jesus tinha com os seus discípulos: uma relação baseada na ternura, no amor, no conhecimento recíproco e na promessa de um dom imensurável: “Eu vim – disse Jesus – para que tenham vida e tenham vida em abundância” (Jo 10, 10). Tal relação é o modelo das relações entre os cristãos e das relações humanas.
Muitos, também hoje, como nos tempos de Jesus, propõem-se como “pastores” das nossas existências; mas só o Ressuscitado é o verdadeiro Pastor, que nos dá a vida em abundância. Convido todos a terem confiança no Senhor que nos guia. Mas não só nos guia: Ele nos acompanha, caminha conosco. Escutemos com mente e coração abertos a sua Palavra, para alimentar a nossa fé, iluminar a nossa consciência e seguir os ensinamentos do Evangelho.
Neste domingo, rezemos pelos Pastores da Igreja, por todos os bispos, incluindo o Bispo de Roma, por todos os sacerdotes, por todos! Em particular rezemos pelos novos sacerdotes da diocese de Roma, que ordenei agora há pouco, na Basílica de São Pedro. Uma saudação a estes 13 novos sacerdotes! O Senhor ajude nós pastores a sermos sempre fiéis ao Mestre e guias sábios e iluminados do povo de Deus a nós confiado. Também a vocês, por favor, peço que nos ajudem: ajudem-nos a sermos bons pastores. Uma vez li uma coisa belíssima de como o povo de Deus ajuda os bispos e os sacerdotes a serem bons pastores. É um escrito de São Cesário de Arles, um padre dos primeiros séculos da Igreja. Ele explicava como o povo de Deus deve ajudar o pastor e dava este exemplo: quando o bezerrinho tem fome, vai até a vaca, até a mãe, para tomar o leite. A vaca, porém, não o dá de imediato: parece que o retém para si. E o que faz o bezerrinho? Bate com o seu nariz na mama da vaca, para que venha o leite. É uma bela imagem! “Assim vocês – diz este santo – devem ser com os pastores: bater sempre às suas portas, aos seus corações, para que vos deem o leite da doutrina, o leite da graça e o leite da orientação”. E vos peço, por favor, para importunarem os pastores, para perturbarem os pastores, todos nós pastores, para que possamos dar a vocês o leite da graça, da doutrina e da orientação. Importunar! Pensem naquela bela imagem do bezerrinho, como importuna a mãe para que lhe dê de comer.
À imitação de Jesus, cada Pastor “às vezes se colocará diante para indicar o caminho e para apoiar a esperança do povo – o pastor deve estar à frente às vezes – às vezes estará simplesmente em meio a todos com a sua proximidade simples e misericordiosa e em algumas circunstâncias deverá caminhar atrás do povo, para ajudar aqueles que ficaram para trás” (Exort. Apos. Evangelii gaudium, 31). Que todos os Pastores sejam assim! Mas vocês, importunem os pastores, para que deem a orientação da doutrina e da graça.
Neste domingo, acontece o Dia Mundial de Oração pelas Vocações. Na mensagem deste ano, recordei que “cada vocação requer em todo caso um êxodo de si mesmo para centrar a própria existência em Cristo e no seu Evangelho” (n. 2). Por isto o chamado a seguir Jesus é ao mesmo tempo entusiasmante e desafiador. Para que se realize, é necessário sempre entrar em profunda amizade com o Senhor para poder viver Dele e para Ele.
Rezemos para que também neste tempo tantos jovens ouçam a voz do Senhor, que tem sempre o risco de ser sufocada entre tantas outras vozes. Rezemos pelos jovens: talvez aqui na Praça há alguém que escuta esta voz do Senhor que o chama ao sacerdócio; rezemos por ele, se está aqui, e por todos os jovens que são chamados.

Cardeal Kurt Koch fala sobre visita do Papa à Terra Santa

O Papa levará uma mensagem de paz, reconciliação e de fraternidade nas relações ecumênicas e inter-religiosas.
A viagem do Papa Francisco à Terra Santa, programada para os dias 24 a 26 deste mês, trará novos caminhos para o ecumenismo. É o que destaca o presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Kurt Koch.
O Cardeal, em entrevista à equipe da Rádio Vaticano em italiano, falou sobre os pontos significativos desta visita.
Cardeal Kurt Koch: O ponto de partida para esta visita foi a comemoração do primeiro encontro entre o Patriarca Atenágoras e o Papa Paulo VI, há  50 anos, em Jerusalém: foi o primeiro encontro após muito, muito tempo, e foi o início do diálogo. E com o encontro entre os atuais representantes da Igreja – o Papa Francisco e o Patriarca Bartolomeu I – espero que as boas relações que experimentamos nestes 50 anos possam ser ulteriormente aprofundadas para dar outros passos no futuro.
Pergunta:  Podemos esperar algum passo concreto, ou se trata de algo que se dá, sobretudo, de  modo “simbólico”?
Cardeal Kurt Koch: Creio que se trate substancialmente de um nível simbólico, mas no campo do ecumenismo o nível simbólico é muito importante! Fazemos uma distinção entre o diálogo do amor e o diálogo da verdade, e o diálogo da verdade sobre questões teológicas não é muito simples; mas ele não funciona sem o diálogo do amor e nesse sentido, esse encontro representa um evento muito importante!”
Pergunta:  Do ponto de vista ecumênico, o que o Papa leva à Terra Santa?
Cardeal Kurt Koch: Sobretudo, o Papa leva a si mesmo e sua mensagem, e essa é uma mensagem de paz e de reconciliação e de fraternidade nas relações ecumênicas.
Pergunta: O senhor é responsável pelo dicastério vaticano que se ocupa da promoção da unidade dos cristãos, mas é também de sua competência o diálogo com os judeus: quais são, neste campo, as esperanças colocadas nesta visita?
Cardeal Kurt Koch: Os encontros com os judeus e com os representantes de Israel se dão em dois níveis. Por um lado, os encontros com os representantes do Estado – o presidente, o primeiro-ministro e as autoridades do Estado – que têm a finalidade de consolidar e aprofundar as relações entre Vaticano e Israel; por outro lado, está previsto um encontro com o Grão-Rabino de Jerusalém: esse é um dos aspectos do diálogo do qual se ocupa a nossa Comissão para as relações religiosas com o Judaísmo. Seguramente também isso contribuirá para o aprofundamento das relações com o Grão-Rabinato de Jerusalém.
Pergunta:  A visita do Papa durará somente três dias. Portanto, um tempo breve, mas muito intenso?
Cardeal Kurt Koch: O tempo é relativamente breve, três dias, mas na realidade tudo é muito importante e se deve ressaltar isso. Serão três dimensões: ecumênica, no encontro com o Patriarca Bartolomeu I e com a celebração ecumênica, durante a qual o Papa encontrará também os outros patriarcas, o greco-ortodoxo de Jerusalém e o Patriarca da Igreja Apostólica Armênia; depois se dará espaço ao Judaísmo com as visitas oficiais; e além disso, naturalmente, a visita ao Muro das Lamentações, ao Yad Vashem, a visita ao túmulo de Herzl. São todos encontros importantes. Por fim, se terá também o encontro com o Grão-Mufti de Jerusalém, e assim se acrescenta a dimensão inter-religiosa, sobretudo com o Islã.

Dom Anton Durcovic está entre os muitos mártires da Igreja Greco-católica romena e o Papa Francisco o definiu como “pastor zelante, apóstolo da adoração eucarística e testemunha heroica da comunhão com a Sé de Pedro”

O Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, Cardeal Angelo Amato, foi o Representante do Papa Francisco, na manhã deste sábado, 17, ao presidir a celebração Eucarística de Beatificação de Anton Durcovic, bispo da diocese de Iasi, Romênia.
Durcovic nasceu em Altenburg, Áustria, em 17 de maio de 1888, e foi assassinado em 10 de dezembro de 1951, no cárcere de Sighet, por ódio à fé, durante o regime comunista romeno. Anton passou por dois anos de incríveis sofrimentos, em um lager da Moldávia, durante a primeira Guerra mundial, por ser natural da Áustria.
O cardeal Amato recordou que Dom Durcovic está entre os muitos mártires da Igreja Greco-católica romena e disse, que com admiração, o Papa Francisco o definiu como “pastor zelante, apóstolo da adoração eucarística e testemunha heroica da comunhão com a Sé de Pedro”.
Ao longo da dura perseguição anticristã na Romênia, apesar das ameaças do regime comunista, Dom Anton desenvolveu uma grande atividade apostólica, visitando as paróquias da diocese e anunciando o Evangelho, relembrou o cardeal.
O bispo foi preso e encarcerado, em 1949, em Sighet, onde foi assassinado aos 63 anos de idade.
“O regime da Romênia quis cancelar toda a memória do bispo de Iasi, como aconteceu com tantos outros mártires da Igreja. Por isso, não se sabe nada sobre seus sofrimentos durante a sua prisão. Porém, sua fama de santidade e de martírio sempre foi viva na Romênia e nos lugares onde ele atuou com sabedoria e perfeição evangélica”, enfatizou o cardeal Amato.

Entrevista com Pe. Frédéric Fornos, SJ, novo diretor-geral delegado do AO e do MEJ



Nomeado diretor-geral delegado do Apostolado da Oração (AO) e do Movimento Eucarístico Jovem (MEJ), padre Frédéric Fornos, SJ, assumiu oficialmente a missão durante o 4º Encontro Pan-africano do AO e do MEJ no dia 14 de abril, em Duala, na República dos Camarões. Pe. Fornos nasceu em 1968, foi admitido na Companhia de Jesus em 1994 e ordenado sacerdote em 2004. Conheça um pouco de sua história na entrevista a seguir.

1) O que o levou a ser um sacerdote jesuíta? Conte-nos um pouco sobre sua história de vida.

Encontrei Jesus Cristo graças aos protestantes que me apresentaram o Evangelho na rua. Fiquei próximo deles durante muitos anos na oração e no aprofundamento das Escrituras. Logo depois que me apaixonei por uma jovem, Cathy, o Senhor me convidou a segui-Lo. Era 18 de agosto de 1990. Senti o chamado para ir de aldeia em aldeia como faziam os apóstolos, segundo o Evangelho, para anunciar a Boa-Nova. Como desejava ser "solteiro por causa do Reino" (Mt 19,10-12), para ter maior disponibilidade, como os apóstolos, na mobilidade e na docilidade ao Espírito, fui para a Igreja católica e pedi para me tornar "padre jesuíta".

2) Quais foram os fatos marcantes no trabalho como coordenador europeu do Apostolado?

Na Europa, de acordo com nosso contexto cultural, a Igreja está mudando. A cara da Igreja está desaparecendo com certo sofrimento, mas podemos perceber as outras caras que o Espírito do Senhor fez nascer. Como dizia o Papa Bento XVI: "o centro da crise da Igreja na Europa é a crise da fé". A fé nasce do encontro com o Cristo Ressuscitado no centro de nossa vida, reconhecendo, mediante nosso coração fervoroso, sua presença. Na Europa, o AO está em crise e o MEJ, embora dinâmico, está pouco presente. Minha primeira preocupação nesses últimos anos foi acompanhar o processo de recriação do AO na Europa, com a ajuda de documentos elaborados internacionalmente. Acredito que, se continuarmos nesse caminho, a rede de oração do Papa Francisco (o AO) pode recuperar uma nova juventude.

3) O senhor foi nomeado diretor-geral delegado do Apostolado da Oração e do Movimento Eucarístico Jovem. Como recebeu a notícia e quando teve início o novo mandato?

Quando minha nomeação oficial feita pelo Padre-geral se tornou pública, em 20 de setembro de 2013, perguntei a mim mesmo se não havia ocorrido um erro. Trabalhava fazia quatro anos com o Pe. Claudio Barriga (diretor-geral delegado do AO e do MEJ, na época) em seu conselho internacional e, havia dois anos, como seu conselheiro principal no processo de recriação. Várias eram as chances de me chamarem para sucedê-lo, mas, quando isso foi confirmado pelo Padre-geral, fui pego de surpresa. O Senhor é o Deus das surpresas. Ele vem quando você menos espera, mas já tinha preparado meu coração interiormente para me libertar e acolher o que o Senhor havia planejado para mim, e meu único desejo era ser dócil ao seu Espírito. Hoje, recebo com alegria essa missão de acompanhar e apoiar as equipes encarregadas pelo AO e pelo MEJ não só pelo Mediterrâneo, como na época do apóstolo São Paulo, mas pelo mundo inteiro. É uma dádiva poder testemunhar o que o Senhor faz pelo mundo.

Fui com Pe. Claudio ao Togo, ao Gabão e à República dos Camarões encontrar as equipes locais do MEJ e participar do 4º Encontro Pan-africano do AO e do MEJ. Testemunhamos a fé profunda de muitos homens, mulheres e jovens. Descobri o dinamismo do MEJ local por meio das orações, das partilhas, dos cantos e das danças. Um momento particularmente emocionante aconteceu na segunda-feira, 14 de abril, em Duala, quando recebi do Pe. Claudio minha nova missão.

4) Como o senhor vê este chamado à missão confiada ao Apostolado, uma vez que tudo começou na França há, aproximadamente, 170 anos?

Nasci na França, em Tolouse, cidade do sudoeste que viu o nascimento do AO há 170 anos. Estou particularmente sensibilizado com essa fagulha inicial que se propagou pelo mundo inteiro. Um caminho de disponibilidade à missão do Cristo. Hoje, assim como ontem, Jesus, o Ressuscitado, continua convidando homens e mulheres a estar com Ele em uma relação íntima e pessoal, o mais próximo possível de Seu Coração, para melhor encarar os desafios de nossa humanidade. O AO pode ajudar, como disse o Papa Francisco, a "redescobrirmos nosso batismo como fonte viva, tirarmos energia nova da raiz da nossa fé e de nossa experiência cristã... É dessa fagulha que posso acender o fogo para o dia de hoje, para cada dia, e levar calor e luz aos meus irmãos e às minhas irmãs" (Vigília pascal - 20 de abril de 2014).

5) Em sua opinião, quais são os principais desafios do cargo na missão?

Não conheço suficientemente as realidades cultural e eclesial do Brasil, ou até mesmo da América Latina, e, assim, minha visão permanece parcial. Quanto ao plano internacional, parece-me importante acompanhar o processo de recriação do AO em si, em vez de associá-lo ao MEJ; favorecer as colaborações e as sinergias; levar em conta o mundo da comunicação visual, no qual vivemos, reforçando em particular nossa presença no continente digital; e refazer também o dinamismo missionário ao AO quanto à revitalização espiritual dos paroquianos.

6) Vivemos uma mistura cultural e religiosa sem precedentes. Como superar e avançar no trabalho realizado com o Apostolado da Oração?

O AO é um trunfo em relação às diversidades cultural e religiosa sem precedentes que vivemos mundialmente. O AO é uma rede mundial de oração a serviço dos desafios da humanidade e da missão da Igreja, expressos nas Intenções mensais do Papa. Muitos desafios em relação ao mundo foram apresentados pelo Papa, independentemente de convicções religiosas, filosóficas, ou até mesmo culturais, tais como: a ecologia, a promoção do desenvolvimento econômico da dignidade de todos, o respeito aos idosos e os direitos das mulheres, os refugiados etc. Podemos juntos, por meio da oração e do serviço, contribuir para um novo mundo de fraternidade e de paz.

7) Qual é a importância do Apostolado da Oração nos dias atuais?

Atualmente, o AO está presente em 84 países do mundo, em todos os continentes, com a participação de 40 milhões de pessoas que apoiam essa rede de oração. "No Brasil, o AO é muito ativo e difundido", de acordo com as palavras do Pe. Claudio Barriga, SJ. "Em muitos países, o movimento está envelhecendo e não tem dinamismo missionário. É por isso que a 'recriação' é necessária", segundo Adolfo Nicolás, SJ, padre geral da Companhia de Jesus. Não podemos decretar o que depende do Espírito do Senhor, mas podemos ficar de prontidão.

8) O Apostolado é uma missão confiada à Companhia de Jesus e tem o reconhecimento da Igreja desde 1849. Como é possível manter e ao mesmo tempo tornar mais conhecida uma tradição antiga no coração e na vida das pessoas, principalmente dos jovens?

Na verdade, é um desafio, visto que o AO se parece mais com uma velha senhora. O problema também é a Igreja e o Evangelho, com suas palavras e suas imagens tão gastas, que não conseguem mais se assemelhar à nossa vida. Por isso, um dos desafios do AO, no processo de recriação em que vivemos, é encontrar uma nova linguagem e imagens que possam dar conta do tesouro ao qual fomos confiados e, hoje, ajudar a missão de Cristo. Algumas pessoas acham que o AO é como uma avó que nos pede para surfar nas praias do Rio de Janeiro. Não sei, na verdade, se ela vai conseguir, mas conheço uma irmã de 86 anos que, ao saber que o AO estava disponível na internet, começou a "surfar" na web e a acompanhar sua comunidade e suas sobrinhas nesse novo continente em que Jesus se encontra.

9) No Brasil, o Movimento Eucarístico Jovem ainda é relativamente pequeno e pouco conhecido. De que maneira se pode envolver e motivar a juventude a participar do movimento?

Jesus é o mesmo ontem e hoje. Aquele que O encontra tem sua vida transformada. O AO propõe um caminho testado pelo tempo, que nos leve a aproveitar esse Amor, o qual a pequena Teresa do Menino Jesus conheceu aos 12 anos e que a conduziu pelo caminho da santidade. Teresa de Lisieux, quando criança, foi membro do AO. Ela é, junto com São Francisco Xavier, a santa padroeira do AO e do MEJ. Aquele que encontrou em seu pequeno caminho o Amor, o "elevador" que o conduziu, sem fazer grandes esforços, ao coração de Jesus, certamente ajudará os jovens que desejam enfrentar os grandes desafios que têm pela frente e os problemas do mundo de hoje.

O meu primeiro encontro com o MEJ no Brasil ocorreu agora, de 1º a 4 de maio, em Baturité, Ceará. Acho que isso contribuirá, com a ajuda da equipe nacional, para a criação de um MEJ dinâmico que será bom não só para os jovens, mas também para a Igreja do Brasil.

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Texto: Vanessa Fonseca
Tradução: Fernanda Mizioka
Foto: Arquivo pessoal de Pe. Fornos, SJ
Legenda: Padres Claudio Barriga (ao centro) e Frédéric Fornos (à direita) cumprimentam o Papa Francisco

Como montar um Centro do A.O?

1. Reunir um grupo de pessoas conscientes de sua missão de cristãos.
2. Procurar conhecer as atividades próprias de um grupo do AO: programa de vida espiritual e apostólica, objetivos da ação pastoral, reuniões, celebrações, novos estatutos do AO que regem toda a espiritualidade e ação pastoral da Associação e que estão no Manual do Coração de Jesus (Edições Loyola). Formar a diretoria provisória do Centro e o grupo inicial de Zeladores(as).
3. Fazer, quando possível, a assinatura da revista Mensageiro do Coração de Jesus, que traz orientações e amplo conteúdo para a formação espiritual e apostólica dos Associados e dos não Associados. É uma ferramenta para o Apostolado!
4. Assinar os Bilhetes Mensais: folhetos que cada associado receberá mensalmente, com as Intenções do mês (explicadas), o Oferecimento diário, o Calendário, as Reflexões e outras informações úteis. Eles custam mais barato, folha por folha, do que qualquer cópia xerox!
5. Condição importante: todas essas iniciativas deverão começarem comunhão com o Pároco, pois dependem dele a autorização e a total aprovação. O mesmo Pároco deve assumir ou indicar um Diretor Espiritual que assuma o acompanhamento do grupo.
6. Comunicar-se com o Diretor Diocesano do AO, para marcar a primeira visita dele ao grupo reunido na Paróquia. Não havendo Direção ou Coordenação Diocesana na Diocese, recorrer ao Secretariado Nacional do AO.
7. Marcar uma data para a fundação oficial com a Coordenação Diocesana e o Pároco, já com a posse da Diretoria, admissão de Zeladores e Associados, mediante a inscrição no Livro de Registro. A fundação do Centro será feita durante a celebração da Eucaristia, com a Consagração ao Sagrado Coração de Jesus. Comunicar a fundação do Centro ao Secretariado Nacional. Nosso Mensageiro terá alegria em noticiá-la!
8. Sinais externos: insígnias (fitas ou distintivos), diplomas, bandeiras etc., embora muito recomendados, serão utilizados conforme critério e possibilidades do novo grupo.
9. Pode haver mais de um Centro na Paróquia. Além do Centro principal na matriz, poderão ser organizados Centros interdependente sem capelas, colégios, hospitais.
10. Crianças e jovens: o AO para crianças e jovens é o MEJ (Movimento Eucarístico Jovem), antiga Cruzada Eucarística. Contudo, nada impede que um jovem mais maduro faça parte do AO.
Pe. Otmar Jacob Schwengber, SJ,
Secretário Nacional do Apostolado da Oração

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Revista Mensageiro do Coração de Jesus

O primeiro exemplar do Mensageiro é de junho de 1896. Na ortografia da época: “Mensageiro do Coração de Jesus — orgam mensal do Apostolado da Oração e da Communhão Reparadora no Brazil — TYP. A VAPOR DO APOSTOLADO — Ytú (S. Paulo)”. Na capa, em papel barato, havia os seguintes desenhos: o Coração de Jesus, um escudo com dizeres em francês, ramos de espinheiro enlaçando um coração transpassado por uma espada, de onde brotam chamas e um lírio. Seria a representação do Imaculado Coração de Maria, transpassado por uma espada de dor? Ainda na capa, lemos duas frases. A primeira é de Leão XIII: “A obra do Apostolado da Oração é tão boa, ellareune uma fecundidade extrema em tal simplicidade, que merece certamente toda a protecção da autoridade ecclesiastica”. A outra é uma nota da redação: “Os Exms. Srs. Arcebispo da Bahia e  Bispo de Nictheroy concedem 40 dias de indulgencia aos seus diocesanos que lerem o Mensageiro do Coração de Jesus”.
Padre Bartolomeu Taddei, sacerdote jesuíta efundador da revista, apresenta a iniciativalogo no começo da edição: “Chegou este dia, em que o Apostolado do Coração de Jesus no Brazil pode contar com o seu orgão official”. O valente Padre deve estar sorrindo lá nos céus,ao ver sua revista chegar aos 115 anos sem falhar nem mesmo durante golpes, revoluções e duas guerras mundiais!
Veja a seguir um resumo dos temas abordados hoje em cada uma das seções da revista e conheça nossos fiéis colaboradores.

O que é MEJ? Movimento Eucarístico Jovem

"Somos um Movimento da Igreja que busca formar meninos, meninas (adolescentes) e jovens ao estilo deJesus, para que sejam colaboradores na construção doReino. A oração e o Evangelho nos chamam a fazer danossa vida uma Eucaristia prolongada, entregando-nosao serviço dos demais."

- "Somos meninos, meninas e jovens a caminhar com Jesus, que crescem em comunidade, protagonistas denossa Missão cristã no mundo, para servir a nossosirmãos, ao estilo de Jesus."

- "Somos meninos, meninas (adolescentes) e jovenschamados por Jesus a integrar um movimento deIgreja que, em nível mundial, nasce do Apostolado daOração e partilha sua espiritualidade eucarística, quebrota do Coração de Jesus."


Quando foi fundado o MEJ?


Na forma atualmente conhecida, o MEJ foi fundado em1962.

Houve outras formas de MEJ anteriormente?


Sim. Primeiro, o padre Francisco Xavier Gautrelet, SJ,fundador do Apostolado da Oração(AO) em 1844, quis unir o valor da oraçãodas crianças e fundou a "Milícia do Papa". Logoem seguida o padre Henry Ramière, SJ, incorporou-aao AO. Pouco depois o mesmo padre Henry fundou aprimeira Cruzada Eucarística, para estimular jovens eadultos à comunhão frequente. A partir desse momentoa Cruzada Eucarística começou a expandir-se rapidamentepelo mundo, inclusive no Brasil.

Por que a Cruzada Eucarística mudou de nome?


Eis a história da mudança de nome: em 1960, a CruzadaEucarística da França foi a Roma em peregrinação. Opapa era João XXIII, que tinha sido delegado apostólicoda Santa Sé na Turquia, onde, como em outros paísesmuçulmanos, a palavra "Cruzada" doía nos ouvidos,porque lembrava a guerra religiosa entre católicos emuçulmanos. Então o papa João XXIII evitou saudaros peregrinos como cruzados, substituindo a denominaçãopor Movimento Eucarístico. A partir daí o nomeCruzada Eucarística mudou para MEJ. Aqui no Brasil,Edições Loyola veio a publicar um Manual do MEJ somenteem 1980.

O que tem a ver o MEJ com o Apostolado da Oração (AO)?



O MEJ tem a mesma espiritualidade do AO. O MEJ é oAO mirim.

Qual é essa espiritualidade?



Em sua essência, ambos têm sua fonte maior no amor àEucaristia e ao Sagrado Coração de Jesus.

O que quer dizer que o MEJ tenha uma espiritualidade?



Quer dizer que o MEJ tem um modo próprio de viversua fé, assim como um operário, um sacerdote, umamãe ou pai de família etc. vivem sua fé no trabalho, navida consagrada, na família etc.

Trechos extraídos do livro de Pe. Otmar Jacob Schwengber, SJ, Apostolado da Oração e MEJ em perguntas e respostas, Edições Loyola, 2011

16 DE MAIO - DIA DE SÃO LUÍS ORIONE


Você sabia? O corpo de São Luís Orione não se corrompeu depois da morte.

Depois de sua morte o corpo de Dom Orione foi guardado numa cripta, no subterrâneo do Santuário de Tortona. Após aproximadamente 25 anos, houve uma grande enchente que inundou o local onde estava guardado o corpo. Com o objetivo de limpar o local, foi aberta a cripta e tiveram uma grande surpresa: seu corpo estava intacto. Depois de vários procedimentos e muitas análises o corpo foi liberado para ser exposto à visitação, numa redoma de vidro, no Santuário de Tortona.

MEJ da Paróquia de Nossa Senhora da Guia apresenta sua nova camiseta


quarta-feira, 14 de maio de 2014

Patriarca Copto pede ao Papa unificação da data da Páscoa

O Patriarca da Igreja Copta Ortodoxa, Tawadros II, enviou uma carta ao Papa Francisco por ocasião do primeiro aniversário do encontro realizado no Vaticano. Na mensagem, entre outras coisas, Tawadros II pede ao Santo Padre para unificar as datas de celebração da Páscoa em todas as Igrejas cristãs.
Conforme referido pela Agência Fides, o Porta-voz da Igreja Copta-ortodoxa especificou que a carta do Patriarca ao Papa Francisco foi entregue ao Núncio Apostólico na República árabe do Egito, Dom Paul Gobel, nesta terça-feira, 6, na sede do Patriarcado Copta, no Cairo.
O representante pontifício, por sua vez, apresentou ao Patriarca Tawadros II o convite para enviar um representante da Igreja Copta para a próxima Assembleia do Sínodo dos Bispos católicos, programada para outubro, no Vaticano, e dedicado ao tema da família.
A unificação das datas de celebração da Páscoa é uma questão levantada na África do Norte e no Oriente Médio, onde convivem no mesmo território, Comunidades cristãs que fixam o dia da Páscoa de forma diversa. Algumas Igrejas usam como referência o Calendário Juliano, enquanto outras, o Calendário Gregoriano

Padre e ministro da Eucaristia são assassinados em Nova Guiné

Padre  Gerry Maria Inau e o leigo Benedict, foram assassinados no último dia 4,  durante missão em uma tribo do Vale Kunimaipa
A Conferência Episcopal da Papua Nova Guiné e Ilhas Salomão informou, nesta quarta-feira, 14, o assassinato de um sacerdote e um leigo católico da Diocese de Bereina. Segundo informações recebidas pela Conferência, o Padre  Gerry Maria Inau e o leigo Benedict, que era ministro da Eucaristia, foram assassinados no último dia 4, em uma tribo do Vale Kunimaipa , onde prestavam assistência.  Os motivos ainda são desconhecidos.
O responsável pelo Escritório de comunicações da Conferência Episcopal, Padre Giorgio Licini, PIME, afirma que será preciso tempo para recolher testemunhos das pessoas do local e da polícia, para reconstruir o episódio.
A notícia foi recebida com muito pesar pelos bispos que se encontram na Nova Zelândia para a Assembleia Geral da Oceania, em andamento de 12 a 16 de maio.
Em nota enviada à imprensa , Padre  Casmiro Kito, MSC, amigo do sacerdote assassinado,  afirma que Padre Gerry  era um homem diligente e de grande fé. “Não deixava jamais o seu Terço, e por isso, havia adotado o nome de Maria. Tinha um grande coração por seu povo e o servia com amor. Que sua morte possa ser um sacrifício e uma oblação pela paz entre as tribos do Vale Kunimaipa”, enfatizou.

“Santos não são heróis”

Infelizmente nós criamos uma concepção errada de santo. Criamos uma ideia que os santos foram como super-heróis. Esta ideias os fazem bem distante de nós, algo impossível de viver e se alcançar.
Isto é um grande equivoco. Inclusive, sou um crítico de algumas biografias dos santos que não apresentam a verdadeira história de vida destes grandes homens e mulheres de Deus. Não apresentam a sua humanidade, lutas, sofrimentos e até pecados que estes viveram em seu caminho de busca de santidade.
O papa Francisco em uma de suas homilias matinais nos deixou um belo ensinamento sobre o que é ser santo: “[...] a diferença entre os heróis e os santos, é o testemunho, a imitação de Jesus Cristo. Seguir no caminho de Jesus Cristo”. (Papa Francisco, 09/05/2014)
Aqui sim, começa este caminho pessoal de santidade que não se faz sem a Igreja, que nos concede a força para seguir no caminho de testemunho de Jesus Cristo no mundo. Mesmo que por vezes caindo, mas sempre se levantando, confessando sempre… Confessionário é caminho de santidade!
“Não há um curso para se tornar santo. A santidade é um dom de Jesus à sua Igreja”. (Papa Francisco)
Ser santo é possível! Não é coisa somente para heróis. Podemos trilhar este caminho de santidade junto a Cristo em sua Igreja. É necessário luta e esforço, não é fácil, mas vale a pena. Vale o Céu!
“A SANTIDADE não é o luxo de umas e poucas pessoas, mas um simples dever para ti e para mim” (Beata Madre Tereza).

terça-feira, 13 de maio de 2014

História das Aparições

A 13 de Maio de 1917, três crianças apascentavam um pequeno rebanho na Cova da Iria, freguesia de Fátima, concelho de Vila Nova de Ourém, hoje diocese de Leiria-Fátima. Chamavam-se Lúcia de Jesus, de 10 anos, e Francisco e Jacinta Marto, seus primos, de 9 e 7 anos. Por volta do meio dia, depois de rezarem o terço, como habitualmente faziam, entretinham-se a construir uma pequena casa de pedras soltas, no local onde hoje se encontra a Basílica. De repente, viram uma luz brilhante; julgando ser um relâmpago, decidiram ir-se embora, mas, logo abaixo, outro clarão iluminou o espaço, e viram em cima de uma pequena azinheira (onde agora se encontra a Capelinha das Aparições), uma "Senhora mais brilhante que o sol", de cujas mãos pendia um terço branco.
A Senhora disse aos três pastorinhos que era necessário rezar muito e convidou-os a voltarem à Cova da Iria durante mais cinco meses consecutivos, no dia 13 e àquela hora. As crianças assim fizeram, e nos dias 13 de Junho, Julho, Setembro e Outubro, a Senhora voltou a aparecer-lhes e a falar-lhes, na Cova da Iria. A 19 de Agosto, a aparição deu-se no sítio dos Valinhos, a uns 500 metros do lugar de Aljustrel, porque, no dia 13, as crianças tinham sido levadas pelo Administrador do Concelho, para Vila Nova de Ourém.
Na última aparição, a 13 de Outubro, estando presentes cerca de 70.000 pessoas, a Senhora disse-lhes que era a "Senhora do Rosário" e que fizessem ali uma capela em Sua honra. Depois da aparição, todos os presentes observaram o milagre prometido às três crianças em Julho e Setembro: o sol, assemelhando-se a um disco de prata, podia fitar-se sem dificuldade e girava sobre si mesmo como uma roda de fogo, parecendo precipitar-se na terra.
Posteriormente, sendo Lúcia religiosa de Santa Doroteia, Nossa Senhora apareceu-lhe novamente em Espanha (10 de Dezembro de 1925 e 15 de Fevereiro de 1926, no Convento de Pontevedra, e na noite de 13/14 de Junho de 1929, no Convento de Tuy), pedindo a devoção dos cinco primeiros sábados (rezar o terço, meditar nos mistérios do Rosário, confessar-se e receber a Sagrada Comunhão, em reparação dos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria) e a Consagração da Rússia ao mesmo Imaculado Coração. Este pedido já Nossa Senhora o anunciara em 13 de Julho de 1917.
Anos mais tarde, a Ir. Lúcia conta ainda que, entre Abril e Outubro de 1916, tinha aparecido um Anjo aos três videntes, por três vezes, duas na Loca do Cabeço e outra junto ao poço do quintal da casa de Lúcia, convidando-os à oração e penitência.
Desde 1917, não mais cessaram de ir à Cova da Iria milhares e milhares de peregrinos de todo o mundo, primeiro nos dias 13 de cada mês, depois nos meses de férias de Verão e Inverno, e agora cada vez mais nos fins de semana e no dia-a-dia, num montante anual de cinco milhões.